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Preso há 11 anos por ter entrado no país com 13,4 kg de cocaína escondidos numa asa-delta, o brasileiro ainda tinha esperanças de que o presidente recém-eleito, Joko Widodo, cuja principal promessa de início de mandato seria a tolerância zero com os traficantes, ajudasse. Em 31 de dezembro, Widodo negou a clemência ao brasileiro.
A última chance de adiar a execução de Marco é a presidente Dilma Rousseff tentar intervir diretamente junto a Widodo. A família de Marco diz que tanto o Itamaraty quanto o Planalto estão empenhados em ajudar o brasileiro, que tem 53 anos, mas são mínimas as chances de o presidente linha-dura sequer atender os contatos do governo brasileiro.
Assim que soube da possibilidade da execução iminente, uma tia de Marco pegou um voo para Jacarta, aonde, por causa das três conexões, deve chegar nesta sexta-feira (15). Ela leva uma mala com presentes, cartas e lembranças de amigos e, a pedido do sobrinho, bacalhau da escala em Lisboa. “Espero poder me despedir do meu sobrinho e peço que rezem por ele”, diz ela, irmã da mãe de Marco, morta em 2011 de um câncer de pulmão que acreditava ser fruto do desespero pela libertação do filho.