sábado, 8 de março de 2014

Suspeito de matar militar da reserva é preso e confessa o crime



Policiais da Delegacia Especializada em Furtos e Roubos (Defur) prenderam o homem suspeito de ter matado o militar da reserva Severino da Fonseca Dantas, de 74 anos, durante um assalto em Nova Descoberta. O crime aconteceu no dia 7 de fevereiro e Jadson César Gomes Mendes, de 24 anos, foi preso na noite desta sexta-feira (7), em Nova Parnamirim.

Jadson estava escondido na casa de um amigo, que também foi preso e identificado como Roberto Carlos Andrade Costa Júnior, de 30 anos. Na residência, os policiais da Defur encontraram vários objetos oriundos de roubos, bem como duas pistolas e munições.

Na Defur, o suspeito Jadson César confessou ter atirado contra o militar da reserva, que também era comerciante. Em vídeo, ele alega que não tinha intenção de matar, mas que revidou após a vítima reagir ao roubo.

Operação Kidnap: Polícia Civil prende PMs suspeitos de extorquirem comerciantes



A equipe de policiais civis da Divisão Especial de Investigação e de Combate ao Crime Organizado (Deicor), comandadas pelas delegadas Sheila Freitas e Danielle Filgueira, deflagrou nessa sexta-feira (07/02), a Operação Kidnap (do inglês, que significa raptar), com o objetivo de prender uma quadrilha que vinha praticando extorsão mediante seqüestro contra comerciantes em Natal. Ao todo cinco pessoas foram presas, dentre eles três policiais militares.

Os presos são os soldados da Polícia Militar, Marcelo Galdino Galvão e Daniel Elias da Costa Júnior, além do Cabo reserva da PM Umbelino Francisco Filho, o taxista Edson Lima dos Santos, mais conhecido como “Edson Tubarão”, e o entregador André Luís Fernandes. De acordo com as investigações Edson dava apoio à quadrilha e André Luís escolhia os alvos, bem como se passava por delegado durante a abordagem às vítimas. Eles estão sendo autuados por extorsão mediante seqüestro, roubo, usurpação da função pública, porte ilegal de armas e munições e formação de quadrilha. Marcelo Galdino já respondeu na Justiça por extorsão.

No dia de hoje (07) foram cumpridos três mandados de prisão temporária e sete de busca e apreensão expedidos pela 4ª Vara Criminal de Natal. Os mandados foram cumpridos nas cidades de Natal e São Gonçalo. Umbelino foi preso na última sexta-feira (28) em flagrante pegando dinheiro de extorsão e André Luís foi preso ontem (06). Com eles foram apreendidos vários potes de suplementes alimentares para atletas, além de uma vasta quantia em dinheiro, nove armas de fogo, munições, capuzes e um distintivo da Polícia Civil.

Segundo a delegada Sheila Freitas, os acusados abordavam comerciantes, geralmente donos de lojas de suplementos alimentares, se passavam por policiais civis usando distintivo e armas de grosso calibre e alegavam que as vítimas estavam vendendo produtos ilegais. Os bandidos detinham as pessoas, colocavam dentro de um carro e no caminho faziam ameaças e extorquiam pedindo altas quantias em dinheiro para que as estas não fossem presas. Eles agiam com agressividade na maioria dos casos e perseguiam as vítimas. “Os alvos eram escolhidos a dedo pela quadrilha, eles investigavam a vida dessas pessoas para saber se elas tinham algum poder aquisitivo”, explicou.

As investigações da Especializada em torno dos crimes praticados pelos acusados já duram quatro meses. A titular da Deicor acredita que o bando vinha agindo há muito tempo, devido a quantidade de bens de alguns dos acusados, alguns destes ostentando carros de luxo, jóias e objetos de grande valor. Ela também afirmou que ainda há outros envolvidos no bando a serem presos pela polícia.

Na DEICOR existem seis inquéritos instaurados que investigam a ação desses criminosos. Para Sheila Freitas, esse é um tipo de crime no qual a vítima tem medo de denunciar à polícia. “As pessoas ficam amedrontadas, pois os acusados chegam a ir na casa das vítimas, faziam pressão psicológica, tomavam os carros como penhora para o pagamento do valor extorquido, então algumas das vítimas chegam a mudar de cidade e até de país”, disse. Os bandidos pediam altas quantias e davam um curto espaço de tempo para o pagamento. Os valores variavam entre R$ 30 mil a R$ 200 mil.

A Polícia Civil espera que com a divulgação das imagens dos presos, novas vítimas possam comparecer a delegacia para denunciar os crimes cometidos pela quadrilha. “Nossa esperança é com a exposição dessas imagens apareçam novas vítimas”, concluiu a delegada Danielle Filgueira.

O Delegado Geral Adjunto, Adson Kepler, destacou o sucesso da Operação Kidnap. “Essa foi uma das ações mais importantes realizada com êxito pela Polícia Civil nos últimos meses, tendo em vista que foi um trabalho de grande complexidade e o envolvimento de policiais no crime”, ressaltou.

*Fonte: Assessoria / Degepol