quinta-feira, 7 de julho de 2016

Jovem é mordida por jararaca no sofá de casa em Mossoró; HRTM não possui soro antiofídico


MOSSORÓ HOJE
A bombeira civil Francisca Jaqueline da Silva Freire, de 24 anos, foi mordida no dedo do pé por uma cobra jararaca dentro de uma casa no bairro Bom Jesus em Mossoró. O fato aconteceu na manhã desta quarta-feira (06) e chamou atenção pela forma como aconteceu. A vítima contou em áudio enviado aos amigos, via Whatssap, que a serpente estava embaixo de num pano branco perto do sofá, na sala de casa, de uma amiga de sua mãe. Elas foram lá olhar a reforma da casa, que estava, segundo ela, muito bonita, toda. Ao sentar, a jovem acabou sendo mordida no dedo pé. O primeiro ato após a "picada" da cobra, segundo Jaqueline, foi tomar um copo de leite.

Em seguida foi para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), do Alto São Manoel. "Chegando lá, eu tomei duas injeções e me encaminharam para o Tarcísio", conta. Jaqueline disse aina que no Hospital Regional Tarcísio Maia, devido à falta de soro antiofídico, os médicos reguladores recomendaram transferência dela urgente para o Hospital Giselda Trigueiro, na zona norte de Natal. A família a levou em carro próprio. A supervisora do Tarcísio Maia, assistente social Elza Gurgel, explicou ao MOSSORÓ HOJE que foi feito contato com todos os hospitais regionais do Estado, mas o soro só foi encontrado em Pau dos Ferros e Natal.
A médica reguladora, então, optou por encaminhá-la para a capital. Seu estado de saúde inspira cuidados. No Giselda, em Natal, Jaqueline disse que tirou sangue para fazer exames e está tomando soros. Já tomou três soros (20h30), sendo dois contra veneno de cobra. Ela reclamou que não sabia que precisava ficar muito tempo no hospital e não levou roupas. As jararacas são serpentes peçonhentas, bastante comuns no Brasil. Seu veneno provoca necrose e inchaço, que podem comprometer o membro atingido, além de tontura, náusea, vômitos entre outros sintomas.
Os casos de morte da vítima são raros, segundo os médicos, mas podem acontecer se a vítima não for tratada rapidamente. Neste caso, a morte é decorrente da baixa da pressão arterial da pessoa, que provoca redução do volume de sangue no organismo, falência renal e hemorragia intracraniana. Em relatório divulgado recentemente pela Secretaria de Saúde Pública (SESAP), constava que acidentes com animais peçonhentos lideravam os casos de intoxicações em todo o Rio Grande do Norte. Só nos primeiros quatro meses de 2016, cerca de 42 pessoas precisaram de atendimento médico.

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