Cemitério em Duque de Caxias é fechado para enterro de Marcelinho Niterói
O jornal Extra do Rio de Janeiro em sua página online informa que o corpo do traficante Marcelo da Silva Leandro, o Marcelinho Niterói, foi enterrado no Cemitério Tanque do Anil, em Duque de Caxias, na manhã desta quinta-feira.
A imprensa não pode acompanhar o cortejo, pois pessoas ligadas a Marcelinho fecharam o portão do cemitério.
O caixão foi coberto por pelo menos dez coroas de flores – uma delas assinada por Fernandinho Beira-Mar, cúmplice de Niterói e que o chamava de “Filho louro”.
Cerca de 100 pessoas acompanharam o cortejo, incluindo duas filhas de Marcelinho, e o clima no local foi tranquilo.
Doze policiais militares do 15º BPM (Duque de Caxias), divididos entre três patrulhas, reforçaram a segurança no cemitério.
Marcelinho Niterói foi morto em confronto com policiais federais e civis na noite de terça-feira, na Favela Parque União, no Complexo da Maré, onde estava escondido.
Entenda
Principal homem da quadrilha de Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, Marcelo da Silva Leandro, o Marcelinho Niterói, estava seguindo à risca as ordens do chefe para articular uma aproximação com grupos de milicianos do Rio. A decisão de buscar apoio da milícia foi tomada por Fernandinho Beira-Mar em 2010. Na ocasião, ele estava preso na penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, com os irmãos Natalino e Jerônimo Guimarães. Os dois são acusados de comandar a maior milícia da Zona Oeste do Rio.
Morto anteontem durante uma operação da Polícia Federal, Marcelinho já havia dado o primeiro passo para botar em prática o plano estabelecido por seu chefe. Segundo investigações da Polícia Civil, o bandido havia implantado uma das principais táticas da milícia na Favela da Mangueirinha, em Duque de Caxias.
De acordo com a polícia, Marcelinho transmitiu ordem para que bandidos da mesma facção que Beira-Mar passassem a cobrar uma espécie de sobretaxa na venda do botijão de gás, vendido na comunidade por preços que variam de R$ 42 a R$ 44. De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustível, o preço médio cobrado pelo botijão de gás, no estado, é de R$ 37.
A determinação da cobrança da sobretaxa de gás, cujo ágio chega a 18,9%, foi repassada por Fernandinho Beira-Mar em uma carta endereçada a Marcelinho Niterói. A correspondência foi apreendida pela polícia, durante a ocupação do Complexo do Alemão, em novembro no ano passado, em uma das casas de Marcelinho, localizada na favela da Grota.
Segundo a correspondência, o dinheiro arrecadado com o “pedágio” seria utilizado para quitar despesas do bando de Beira-Mar.
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